Elvas
A presença judaica em Elvas é conhecida desde a época islâmica (714-1230). É nesta época que se forma a Judiaria Velha, um primeiro bairro que incluía o espaço que é hoje a Praça da República e que foi até 1511 um conjunto de ruas e travessas, caso das actuais ruas dos Sapateiros, dos Açougues, de Aires Varela, de João de Olivença, de Martim Mendes, de Isabel Maria Picão, Arco dos Pregos e Portas do Sol. Com o aumento desta comunidade, em meados do séc. XIV foi necessária a criação de uma nova judiaria: a Judiaria Nova, mais perto do castelo.
Uma das famílias de cristãos-novos elvenses mais conhecida é a de António Gomes de Elvas Coronel e do seu bisneto Luís Gomes de Elvas Coronel, descendentes directos do rabi-mor de Castela, Abraham Senior, o homem mais rico da Península Ibérica no séc. XV, financiador de uma das viagens à América de Cristóvão Colombo. Luís decidiu comprar o ofício de correio-mor do Reino, passando a administrar todos os correios de Portugal.
A mais provável das sinagogas de Elvas situa-se na Rua dos Açougues num edifício que foi adaptado pela Câmara de Elvas a açougue público no início do séc. XVI. Trata-se possivelmente da maior sinagoga medieval existente em todo o país. Na cidade de Elvas ficaram diversos vestígios judaicos. É o caso das marcas cruciformes, símbolos de cristianização de possíveis moradas de judeus/cristãos-novos. São várias as que se encontram no nosso Centro Histórico. Descubra-as!
Fonte: Rede Judiarias de Portugal.
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