Guarda
A judiaria tinha o seu início junto à Porta d'El-Rei e estendia-se até ao adro da igreja de S. Vicente, limitada pela muralha e pela Rua Direita que dava acesso àquela Porta. Em 1465 este acesso foi fechado devido aos protestos dos cristãos.
GUARDA - A ESTRELA DA MEMÓRIA HEBRAICA
O vetusto passado deste Concelho, que recua ais mais arcaicos períodos da história do Homem, conhece o seu momento mais determinante com a fundação da Cidade da Guarda, pelo rei D. Sancho I (Carta de Foral a 27 de Novembro de 1199). A presença de uma comunidade judaica na Guarda, está documentada desde a primeira metade do século XIII. Com uma localização muito especifica dentro da malha urbana, a Judiaria situava-se no interior do pano de muralhas e nas proximidades dos principais eixos viários da cidade, a Rua de S. Vicente e a antiga Rua Direita (actual Rua Francisco de Passos), ruas percorridas intensiva e quotidianamente pelas gentes locais e por forasteiros, o que permitia e favorecia o desenvolvimento da actividade comercial dos membros desta comunidade. Uma das suas referências mais importantes era a Sinagoga, documentada na Chancelaria de D. Dinis, quando em 1295 a comunidade aforou ao monarca uma casa com quintã. Embora inicialmente a comunidade judaica da Guarda, se tenha instalado na Rua da Judiaria (actual Rua do Amparo) entre a Porta d'el Rei e as proximidades do Largo de São Vicente (actual Rua da Trindade), ao longo da Idade Média o aumento populacional da comunidade levou à ocupação dos espaços mais a norte, o que é testemunhado, a partir do século XIV, pela Rua Nova da Judiaria. Com a promulgação do Édito de Expulsão dos Judeus pelo rei D. Manuel I, em 1496, também a comunidade Judaica da Guarda teve de optar pelo êxodo ou pela conversão, mesmo que aparente.
Fonte: Rede Judiarias de Portugal.
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